quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Amebas devoradoras de cérebro



Nos últimos dois meses duas crianças e um adulto morreram nos Estados Unidos após serem infectados com a ameba rara. A espécie Naegleria fowleri se desenvolve em lagos, cachoeiras e rios, ambientes perfeitos para a sua procriação.


A ameba devora o cérebro humano levando ao óbito em menos de uma semana. A contaminação acontece geralmente pelo nariz, porta de entrada da ameba que assim que se instala no corpo vai devorando as mucosas até chegar no crânio e finalmente no cérebro.

Cerca de dois ou três casos de mortes por infecção são registrados todos os anos nos EUA – o maior índice foi em 1980, com oito óbitos. Na maioria das vezes, a ameba ataca crianças e adolescentes. A idade média das vítimas é de 12 anos, possivelmente porque as crianças são mais propensas a brincar e nadar na água.

A infecção da ameba é extremamente rara. Em dez anos, 32 casos foram registrados, um índice muito baixo em comparação com as 36 mil mortes por afogamento entre 1996 e 2005.

Entretanto, a infecção assusta por ser altamente letal – o índice de mortes por pessoa infectada é de mais de 95%. Depois de infectada, a morte da pessoa é uma consequência difícil de evitar.

As amebas entram no corpo das pessoas através do nariz, após mergulhos em água doce quente, como em lagoas, lagos e rios. Apesar de milhões de pessoas nadarem nas mesmas águas, apenas uma pequena fração de pessoas é contaminada pela ameba. O motivo disso ainda não é claro, mas os cientistas especulam que a falta de certos anticorpos pode ser o motivo pelo qual algumas crianças são infectadas, enquanto outros que nadam no mesmo local não.

É importante ressaltar que a ameba não é um parasita e nem busca hospedeiros humanos – o ser humano é um ponto final acidental. Quando a ameba se aloja no nariz de uma pessoa, ela começa a procurar por alimento. Ela acaba no cérebro e começa a comer os neurônios da vítima, causando uma grande quantidade de traumas e danos.

Os sintomas iniciais incluem dor de cabeça, febre, náuseas e vômitos. Mais tarde, os sintomas evoluem para confusão mental, falta de atenção às pessoas e aos ambientes, perda de equilíbrio, convulsões e alucinações.

A ameba se multiplica e o corpo monta uma defesa contra a infecção. Isto, combinado com o rápido aumento das amebas, faz com que o cérebro inche criando uma pressão imensa – até que em algum ponto pára de funcionar. A morte geralmente acontece entre três e sete dias após o início dos sintomas.

Nos hospitais, a infecção muitas vezes é confundida com a meningite bacteriana. Mas mesmo quando o diagnóstico correto é feito, a infecção é quase impossível de tratar. O tratamento primário é feito a partir da anfotericina B, um medicamento antifúngico injetado nas veias e no cérebro.

Até agora, apenas uma pessoa é conhecida por ter sobrevivido a esse tipo de infecção, em 1978. A incidência desta doença é realmente muito pequena, mas trágica.


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010


LOBOTOMIA


Watts Freeman traz a primeira intervenção psicocirúrgica chamada de Lobotomia. Onde anos depois Egas Monis traria outra técnica, chamada leucotomia, que fora muito usada nos manicômios brasileiros

A cirurgia consiste na retirada de uma parte do cérebro afim de sanar surtos psicóticos, agressividade e convulsões

Mais especificamente, desligar os lobos esquerdo e direito do resto do encéfalo.

A diferença entre Lobo e Leucotomia, é o fato da Leucotomia ser uma intervenção feita apenas na massa branca, e a Lobotomia é uma cirurgia qualquer no cérebro, ambas com intuito de extinguir psicoses.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Leucotomia

A leucotomia pré frontal consiste em extirpar tratos de fibras entre tálamo e o lobo frontal. Simplificando lobotomia é o corte da massa branca encefálica.


Na tentativa de curar doentes mentais, reduzindo a psicose, depressão severa, comportamento violento ou obsessivo-impulsivo, agitação crônica ou angústia, esse meio resultou melhora em apenas um terço dos pacientes, os demais, permaneceram ou pioraram após a intervenção cirúrgica.


Foi a primeira psicocirurgia, praticada pela primeira vez em 1935, criada pelo português Antonio Caetano de Abreu Freire Egas Moniz

segunda-feira, 8 de março de 2010






Perfurações cerebrais(vítimas que sobreviveram após acidente)





Phineas Gage



Ahad Israfil (Após ato cirurgico)


Isidro Mejia



Emerson Oliveira Alves

Isidro Mejias


Apesar de todo o estrago feito pelo disparo acidental de uma máquina injetora de pregos de alta pressão, o operário da construção civil Isidro Mejias, de 39 anos, não sofreu gaves danos aparentemente.

A cirurgia para a retirada de cinco pregos, que se introduziram em seu crânio, atingindo o cérebro, foi realizada no último dia 19 de abril de 2004 pelo neurocirurgião Ragael Quiñonez no Hospital Providence Holy Cross Medical Center, felizmente ocorreu tudo bem.

Quando abriu os olhos e viu a equipe médica ao seu redor, Mejia ficou muito feliz e disse que estava contente por estar vivo e que, no momento do acidente, em desespero, havia pensado que iria morrer.
O neurocirurgião Quiñones, explicou que um dos pregos havia atravessado a espinha e atingido a garganta. O sexto prego só pôde ser removido, depois que o inchaço diminuiu.
Com o passar dos tempos sua visão foi afetada, assim como a fala e a audição. Alegremente cito que sua área cerebral correspondente pela razão está intacta.

Ahad Israfil


Em 1987 um acidente no trabalho arrancou metade do cérebro de Ahad que foi levado às pressas ao hospital onde foi submetido à uma cirurgia que durou 5 horas.
Os médicos foram capazes de preencher o espaço que sobrou com um bloco de silicone e a pele foi puxada e logo o cabelo cresceu em volta, dando-lhe uma aparência normal.
Quando ganhou consciência, o doutor ficou espantado,pois Ahad conseguia falar.
O ferimento destruiu parte de seu cérebro e metade de seu crânio, mas a força de vontade somada com a sorte, fez com que Ahad continuasse a levar a vida normal, embora necessite de uma cadeira de rodas, tem demonstrado melhorias em sua parte motora.

domingo, 7 de março de 2010


Emerson Oliveira Abreu


Enfim encontrei alguns casos semelhantes a de Gage. E o primeiro é do mergulhador Emerson Abreu de 36 anos, que sofreu um acíduo acidente na Bahia de Guanabara no Rio de Janeiro, aos vinte e oito dias do mês de março de 2009.

Emerson foi levado direto para a ala de emergência do Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. Um arpão entrara em sua têmpora esquerda e quase lhe trespassara a cabeça. Havia 25 centímetros de aço alojados no interior de sua caixa craniana. Mesmo assim estava lúcido.

Só perdeu a consciência ao ser anestesiado para a retirada do projétil. Duas horas depois de uma complicada cirurgia neurológica, ele emergiu da anestesia para contar sua incrível história – e aparecer em fotos como a da abertura desta reportagem, feita na quinta-feira. Previa-se que ele teria alta do hospital no fim de semana.
Depois da cirurgia, Emerson, sua família, o amigo que praticava pesca submarina com ele, o médico que o operou e até o governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro Abreu ganha a vida fazendo reparos em cascos de navio e quase a perde ao praticar seu esporte favorito, a caça submarina. O arpão que o atingiu passou a 1 milímetro da carótida, a artéria que leva o sangue para o cérebro. Caso fosse atingido ali, ele dificilmente sairia da água com vida. A poucos milímetros de onde o arpão ficou alojado estavam também os nervos ópticos e a área responsável pelo olfato. Abreu continua vendo e sentindo cheiros como antes. Aparentemente, o arpão só deixou um coágulo.

. Abreu, além de sobreviver à perfuração do arpão, foi levado a um hospital público equipado com um moderno centro de imagens. Ali funciona um tomógrafo instalado graças a uma parceria recente entre os governos estadual e federal. O rapaz foi o primeiro paciente a fazer uso da máquina. Para que ele conseguisse entrar no aparelho, os bombeiros tiveram de serrar a parte do arpão que ficara para fora de sua cabeça. Se fosse levado a qualquer outro hospital público do Rio, as imagens do acidente viriam em uma radiografia em preto e branco, com prejuízo para o procedimento cirúrgico.
Até o momento Emerson aparentemente não apresenta sequelas.